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ENTRE AS FORMAS E AS CONFIGURAÇÕES


Era uma vez, Alice.
Uma Alice que dizia que a brincadeira de Lewis Carrol foi chamar de "maravilha" um país tormentoso, cheio de perseguições, labirintos, ciladas e riscos.
Conta ela que, naquele mundo, os seres acreditavam que eram eles próprios os sujeitos de seus pensamentos. E não entendiam porque, repentinamente, monstros surgiam do nada e do nada portas se fechavam, correntes tilintavam e tocas passavam a esburacar a paisagem, dependendo do ângulo do olhar…
Entendiam menos ainda porque brisas milagrosas rearranjavam o cenário, com saídas e deslizamentos, em meio a terrenos pedregosos e cárceres, como que por encanto. Alguns desconfiavam de que as coisas não eram bem o que pareciam aos olhos da maioria. Estes eram os chamados "Híbridos".  Traziam certa mudez, apenas quebrada diante de certas crianças, em pele de adultos.
Alice conta que os híbridos, no país das tormentas, diziam entre si ou para as crianças, que todos ali, incluindo-se eles próprios, eram constituídos por meio de muitas línguas, de muitas máquinas (eram parte do noticiário das tvs, rádios, livros, almanaques); filhos de incontáveis sistemas de representação… máquinas que sempre trabalharam eficazmente para estruturar suas crenças e experiências de terror, culpa e pecados. Mas, todos apostavam que pensavam com pensamentos e verdades nascidos de seu próprio interior: pensamentos autóctones.
Os híbridos já tinham passado por isso. O divisor de águas, o antes e o depois, era um segredo, apenas revelado à Alice, a personagem interdimensional da história de Lewis Carrol.
Alice custava a entender: o pensamento não é o atributo de uma entidade unificada e senhora de si mesma - a razão? E eles diziam. Não, o pensamento é puro efeito de coletivos heterogêneos.
"Coletivos heterogêneos? Não! O que seria aquilo?" E eles explicavam que não se tratava de coletivos como "coletivos de etnias e culturas diversas"… mas "coletivos" complexos, de seres vivos, humanos ou não, sistemas orgânicos e anorgânicos, técnicas forjadas com coisas materiais e imateriais (objetos, coisas, edificações, como escolas, fábricas etc… sentimentos, sensações, saberes, rumores, procedimentos, trajetos e trajetórias…).
Coletivos formados por humanos e, especialmente, pelas técnicas de produção de verdade, de éticas (códigos morais), ciências e artes - de cada associação, bairro, estado e regiões singulares daquele país imenso.
Pois, o pensamento sempre foi efeito (e não causa) dos vínculos, das passagens, das relações de cada humano com seu tempo, grupos socioculturais, família, sociedade, religião, língua, filosofia, ciência, arte, técnica, tecnologias..., ou seja, com suas máquinas diversas. O pensamento toma forma, é moldado e molda: configura-se e é configurado "entre".
Os híbridos sabiam: todo o país das maravilhas foi edificado sobre abstrações. O pensamento jamais "brotou puro" da cabeça de ninguém… As sentenças de cada cabeça são muito mais "populares" do que cada cabeça é capaz de supor, antes de hibridizar-se, de desapegar-se de sua suposta essência, aquela que diz ao longo da vida: "eu nasci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim".
Contudo, criar é o ato máximo do pensamento. E pensar emerge da "relação", do movimento, da circulação de crenças de verdade e, a partir de suas ferramentas, de suas transições e quedas. Mas, também de um quantum de energia, de uma força de fora que força o pensamento a pensar (e o corpo a agir) sobre uma existência contínua, em meio a coletivos heterogêneos, sob vínculos, passagens, relações: entre homens, máquinas, animais, cenários naturais ou artificiais, sistemas de pensamento e de expressão: nosso rico atelier a céu aberto.
Foi só depois do encontro com os híbridos que Alice pode flagrar as dores e as delícias, as maravilhas e as tormentas de seu mundo paralelo.


Um comentário:

  1. M A R A V I L H O S A !!!!!!!!!!!
    BEIJOCAS COLORIDAS NESSE EU LINDO CORAÇÃO.
    Te amo.

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